E como o ecossistema de startups tem acelerado ideias inovadoras no mercado.
O índice global de inovação
O índice global de inovação, ou Global Innovation Index, é um ranking que reflete o potencial de inovação das economias considerando os resultados das empresas inovadoras e a habilidade do governo de criar políticas públicas para encorajar e suportar a inovação.
O Brasil em 2020 passou a ocupar o 62º lugar no índice quando comparado globalmente com países mais desenvolvidos, subindo 4 posições com relação ao ano de 2019. Se comparado com os países classificados como economias de renda média, estamos na 16ª colocação.
Apesar de melhorar sua posição, ainda estamos atrás do Chile na comparação dos países da América do Sul, mesmo o Chile sendo considerado um país de economia de renda média baixa, e atrás de México e Costa Rica, da vizinha América Central.
Mesmo estando atrás de alguns países com economia similar, os números mostram um cenário muito promissor. O Brasil está investindo cada vez mais em inovação, e o ecossistema de startups está acompanhando este crescimento.
O ecossistema de startups
A inovação não necessita somente de novos produtos ou novos serviços. Ela compreende todo um envolvimento dos diversos atores que fazem parte deste processo, desde a produção do conhecimento nas universidades, os incentivos e legislações do governo, e o ambiente da indústria e comércio.
Fazem parte deste ambiente de inovação incubadoras de empresas, parques tecnológicos, aceleradoras, coworkings, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos e outras entidades.
Segundo a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), os principais ambientes de inovação no país são as incubadoras, aceleradoras e os coworkings (ou colabs), justamente onde residem as startups.
Porém, para conseguir criar todas as condições favoráveis para que essas startups gerem inovação para o mercado, é preciso estar muito próximos das grandes empresas. Criar oportunidades e sinergias nestes dois mundos é o grande desafio do ecossistema das startups para o momento.
O ambiente de inovação no Brasil está amadurecendo muito nos últimos anos. O nosso problema ainda é a territorialidade. Enquanto em alguns estados a inovação ainda engatinha, em Santa Catarina, por exemplo, é bastante maduro.
O ecossistema de startups Catarinense já existe a mais de 30 anos. A Incubadora de empresas Florianópolis foi a primeira do Brasil, em 1986. Hoje é preciso olhar para o passado e entender o quão importante foram algumas decisões. Aquilo que foi mais difícil naquela época pode acelerar os resultados positivos em outros ecossistemas.
Como gerar inovação
Para Marcos Mueller, CEO da Darwin Startups,
“Muitos outros polos vão surgir e se destacar e a principal matéria prima para que isso aconteça são os Talentos. O ecossistema que cuida bem dos seus talentos, sempre será um protagonista.”
Mas apenas grandes empreendedores não são o suficiente para grandes ideias terem sucesso. É preciso estar atento as mudanças. As “verdades absolutas” no mercado se transformam de tempos em tempos. Vejam as transformações que passamos só com a entrada da pandemia.
Não importa se a sua startup utiliza as ferramentas do momento, os novos produtos, as novas metodologias, tem que estar atento as novas tendências, principalmente aquelas que não viraram tendências ainda.
“É o lema de Darwin. Não é o mais rápido, nem o mais forte, quem sobrevive é aquele que melhor se adapta as contingências impostas pelo ambiente”, ressalta Marcos.
Enfim, para inovar, é preciso estar conectado com todo o ecossistema e aproveitar o potencial de cada um dos atores.
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